sábado, 21 de novembro de 2009

O PASTOR URBANO

CRISTO, COMPASSIVO E SOLIDÁRIO: O MODELO PARA O PASTOR URBANO
Compaixão e solidariedade são termos intrínsecos ao ministério pastoral. Neste mundo atual, tão individualista, é difícil o exercício pastoral solidário e compassivo. Mas deve-se levar em conta que Cristo, o modelo, exercia de forma ideal seu ministério com carinho e afeto, e deve-se entender e aplicar os conceitos deixados pelo Mestre.
Conceituando os termos, solidariedade significa “estar ao lado do outro para ajudá-lo no momento de necessidade, partilhando da dor e luta do próximo”. Compaixão é sofrer com alguém. Estes conceitos foram presentes no ministério de Cristo. A vinda de Cristo habitando entre nós, sua empatia com a raça humana nos demonstram sua solidariedade para com a criação.
Jesus se envolvia em solidariedade e compaixão tanto com as multidões, quanto com os indivíduos. Exemplos disso são a cura dos enfermos (Mt. 14:14), multiplicação dos pães (Mt. 15:32), cura do leproso (Mc. 1:40-41) dentre outros. A compaixão de Cristo o levava a ser solidário até as últimas conseqüências, para demonstrar o amor de Deus ao ser humano.
Infelizmente no mundo atual, esses conceitos da vida de Cristo estão ausentes de muitos ministérios. A grande preocupação não está no serviço diaconal e conceitual, mas sim no crescimento numérico a qualquer preço. Pobreza é sinal de maldição, de pecados ocultos. Isto é causado por uma falta de entendimento dos propósitos de Deus na encarnação de Cristo. O interesse está em que as pessoas podem oferecer, e não em quem elas realmente são.
Um dos maiores desafios atuais para as igrejas evangélicas está na questão do estilo de vida cristão. É necessário uma redescoberta dos valores e princípios norteadores dos primórdios da Igreja de Cristo. Dentre estes valores, deve-se destacar a redescoberta da verdadeira teologia, “informada pelo contexto onde a Igreja está inserida e deve endereçar todos os aspectos da vida”, uma teologia integral, para o ser integral; os dons da Igreja devem ser praticados em meio à sociedade, e não entre quatro paredes; cada cristão é um sacerdote de Deus, todos pertencem ao povo de Deus e devem participar da Missio Dei (missão Divina).
Como Igreja brasileira, o maior desafio nestes dias é a má distribuição de renda, que gera as grandes desigualdades sociais. Para se entender sobre isso, faz-se necessário ao Pastor conhecer bem o contexto onde sua comunidade está inserida, através de pesquisa em seu bairro ou cidade. Deve-se avaliar quais dos problemas descobertos podem ser trabalhados pela Igreja local. De extrema valia seria o envolvimento de todas as igrejas locais de uma cidade ou bairro em um trabalho conjunto neste sentido.
Concluindo, o Pastor Urbano deve “espelhar a vida de Cristo aos outros”. Não se preocupar com o resultado numérico, mas sim, com o cumprimento das instruções de Cristo. Neste sentido, o Pastor deve ser um praticante e incentivador de ações diversas no meio da igreja local, que levam à uma conscientização do papel da igreja como instrumento de Deus neste mundo.

O Pr. João Romeu Morelli Neto tem 23 anos, é casado com Raquel, líder de Louvor e Pr. Auxiliar da Igreja Pentecostal do Evangelho Pleno, graduando em Teologia pela FATE-BH. E-mail: pr.joaoromeu@ig.com.br

Fonte: http://www.luciobarreto.com.br/conteudox.asp?go=artigoview&local=Estudo_biblico

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